[MÊS DA CIÊNCIA E FILOSOFIA] A Arte de Viajar #5


monte sinai 02

Capítulo VI Do Sublime, tivemos Edmund Burke e Jó como guias do Monte Sinai.

Basicamente, Botton nos fazem refletir sobre os lugares sublimes do mundo, aqueles que nos fazem nos sentirmos pequenos e insignificantes, podendo, com sua força, nos reconectar com a espiritualidade.

XIR84999 Job (oil on canvas) by Bonnat, Leon Joseph Florentin (1833-1922) oil on canvas Musee Bonnat, Bayonne, France Lauros / Giraudon French, out of copyright
Jó desprovido de tudo

Portanto, o local não basta ser bonito ou grandioso. Tem que ter aquele algo mais que nos assusta, nos deixa pasmos.

23489197073_b7cd1123f7_b

Usando um exemplo atual, penso que as paisagens do filme O Regresso (acima), trazem esta noção, pelo menos para mim. E, de certa forma, é uma modernização da perplexidade de Jó, que era bom, mas foi punido pelas forças da Natureza.

Afinal, tal como ele, Hugh Glass, do filme, é atingido por toda sorte de desventuras, num meio hostil, cheio de neve, fome e doença. Não importa se é justo ou não. Perto desse meio-ambiente avassalador, nada somos.

vangogh

Já o Capítulo VII Da arte que abre os olhos, nos traz o pintor Van Gogh nos campos do sul da França, na Provence.

Basicamente, aqui o autor sugere que muitas vezes nos interessamos por lugares, após os vermos retratados pela arte. Por exemplo, quantas pessoas não foram visitar o leste europeu por causa das locações de Game of Thrones ou a Nova Zelândia, devido ao Senhor dos Anéis?

Saint Remy de Provence 1889
Saint Remy de Provence 1889

Antigamente, a pintura exercia este papel.

Van Gogh, que ficou algum tempo na Provence, a retratou do modo como a enxergava, com tons primários contrastados, dando vida à ciprestes e olivais que, a primeira vista, talvez não achássemos interessantes.

Veja as Partes 123 e 4 desse Diário

O que achou dessa leitura?