Capítulo VI Do Sublime, tivemos Edmund Burke e Jó como guias do Monte Sinai.
Basicamente, Botton nos fazem refletir sobre os lugares sublimes do mundo, aqueles que nos fazem nos sentirmos pequenos e insignificantes, podendo, com sua força, nos reconectar com a espiritualidade.
Portanto, o local não basta ser bonito ou grandioso. Tem que ter aquele algo mais que nos assusta, nos deixa pasmos.
Usando um exemplo atual, penso que as paisagens do filme O Regresso (acima), trazem esta noção, pelo menos para mim. E, de certa forma, é uma modernização da perplexidade de Jó, que era bom, mas foi punido pelas forças da Natureza.
Afinal, tal como ele, Hugh Glass, do filme, é atingido por toda sorte de desventuras, num meio hostil, cheio de neve, fome e doença. Não importa se é justo ou não. Perto desse meio-ambiente avassalador, nada somos.
Já o Capítulo VII Da arte que abre os olhos, nos traz o pintor Van Gogh nos campos do sul da França, na Provence.
Basicamente, aqui o autor sugere que muitas vezes nos interessamos por lugares, após os vermos retratados pela arte. Por exemplo, quantas pessoas não foram visitar o leste europeu por causa das locações de Game of Thrones ou a Nova Zelândia, devido ao Senhor dos Anéis?
Antigamente, a pintura exercia este papel.
Van Gogh, que ficou algum tempo na Provence, a retratou do modo como a enxergava, com tons primários contrastados, dando vida à ciprestes e olivais que, a primeira vista, talvez não achássemos interessantes.